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quinta-feira, 7 de março de 2013


  atualizado às 08h00

Universidade de Munique é referência em Ciências Naturais


A instituição na capital bávara oferece cerca de 150 cursos e atrai estudantes do mundo inteiro. Três novos programas de pós-graduação foram criados com a iniciativa de excelência


Palestra na Universidade Ludwig Maximilian de Munique  Foto: Getty Images
Palestra na Universidade Ludwig Maximilian de Munique
Foto: Getty Images

A comunidade universitária sabe que Munique tem muito mais a oferecer do que a tradicional Oktoberfest. A lista de ganhadores de prêmios científicos e prêmios Nobel que pesquisaram na Universidade Ludwig Maximilian de Munique (LMU na sigla em alemão) é bem extensa.
Ela contém nomes como Wilhelm Conrad Röntgen (descobridor do raio-x) , passando por Werner Heisenberg (estabeleceu as bases da mecânica quântica), até Konrad Lorenz (estudos sobre o comportamento animal). O sociólogo Max Weber lecionou na instituição, assim como Ferdinand Sauerbruch, cirurgião especialista em coração e pulmão.
De Egiptologia a Odontologia
A LMU tem quase 49 mil alunos e, destes, 14% são estrangeiros. A instituição oferece cerca de 150 cursos em 18 faculdades. Da Egiptologia à Odontologia, pode-se estudar quase de tudo na Ludwig Maximilian de Munique.
Entretanto, cursos de Engenharia não são oferecidos pela instituição, que desde 2006 tem o título de excelência. Interessados em cursar Engenharia na capital da Baviera podem estudar na Universidade Técnica de Munique, que também é uma universidade de excelência.
Ambas as universidades defenderam com sucesso o título de excelência em 2012. A LMU se orgulha de ser a universidade mais bem sucedida do país na iniciativa de excelência. Todos os seus projetos foram aprovados. São eles: quatro programas de pós-graduação, quatro clusters de excelência e o conceito futuro "LMU excelente", dedicado ao incentivo da nova geração de cientistas.
Pesquisas neurológicas e antiguidade
O título de excelência não traz somente renome, mas também dinheiro para a universidade. A LMU investe este recurso financeiro nas disciplinas de Ciências Naturais e Tecnológicas. Nessas áreas, a instituição já compete com grandes universidades internacionais.
Um dos projetos aprovados pelo júri da iniciativa de excelência foi a Escola de Pós-Graduação de Neurociências Sistêmicas, um programa de doutorado interdisciplinar sobre pesquisa neurológica. O Centro de Neurociências de Munique – Cérebro e Mente, do qual faz parte o curso de pós-graduação, realiza pesquisas em diversas áreas da Biologia, passando pela Neuropsicologia até teorias do conhecimento.
Até 2017 serão financiadas as pesquisas associadas nas áreas de nanociências, pesquisas sobre proteínas, física do laser e astrofísica, além do programa de pós-graduação em neurociência.
Além disso, foram criados três novos cursos de pós-graduação, um de biociências quantitativas, outro em estudos da antiguidade, e um em estudos regionais do leste e sudeste europeu, este desenvolvido em parceria com a Universidade de Regensburg.
Escrita cuneiforme e Lola Montez
Humanistas da LMU costumam criticar o fato de suas áreas quase não receberem recursos. No entanto, os pesquisadores das Ciências Naturais e Tecnológicas argumentam que uma nação industrializada prospera com tecnologia de ponta e não com estudos sobre o significado da antiga escrita cuneiforme.
Porém, a história pode ser muito interessante, inclusive a da universidade. Quem tem esse interesse, vai descobrir que a instituição já mudou três vezes de localização. Ela foi fundada em 1472, com a autorização do Papa, como a primeira universidade da Baviera em Ingolstadt.
Em 1800, sua sede foi transferida para Landshut, por medo da aproximação de Napoleão e seus soldados. Somente em 1826, a universidade foi transferida para Munique, por ordens do rei Ludwig 1º.
Este mesmo rei seria obrigado a renunciar em 1848 devido à pressão dos estudantes, escandalizados na época com o romance entre Ludwig 1º e a dançarina Lola Montez.

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